quarta-feira, 14 de outubro de 2009

"Já decidi"

"Desde o momento em que ela, não ela propriamente, mas no momento em que o presidente disse que Dilma seria a candidata dele, nós dissemos que com ela estaríamos perfilados", afirmou Collor.

Collor afirmou também, na entrevista, que Lula é seu herdeiro no âmbito econômico. Resta saber se, no íntimo, ele falou ambas as coisas para angariar votos a favor ou contra os petistas...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016

O Lula começou chamando todo mundo de companheiro. Vamos deixar claro uma coisa:

COMPANHEIRO É O CARALHO!

E não me venham dizer que ele falou bem. O português do lula continua terrível, falando coisas como "exuberança", fora os habituais erros crassos de concordância. Ainda assim, vamos analisar com calma e ver se ao menos há coerência nas palavras:

Posto isso, vamos tratar da vitória do Rio na disputa dos jogos olímpicos e do discurso presidencial a este respeito.

Longe de mim querer posar de cavaleiro do apocalipse, mas não posso simplesmente comemorar e achar que está tudo bem.

O nosso presidente disse que estamos acompanhando orgulhosos de nossas origens e ainda mais orgulhosos de sermos brasileiros. Começa aí a primeira falácia. Não tenho orgulho nenhum de ser brasileiro e a vinda de jogos da copa, jogos olímpicos e quaisquer outros eventos do gênero não me despertam qualquer ufanismo, inclusive este ufanismo tolo me causa vergonha, não orgulho. Pronto. O ufanismo se repete várias vezes durante o discurso, mas basta citá-lo uma única vez.

De fato, nunca sediamos jogos olímpicos e isto pesou na decisão, até pelo legado que se pretende deixar com eles. Lula ainda cita o exemplo dos Jogos Panamericanos 2007 e eu pergunto: Que legado eles deixaram?

Gastou-se milhões, as obras fugiram totalmente do orçamento, o investimento que seria da iniciativa privada, veio na verdade do poder público... Não melhorou a infra-estrutura do país, nem do estado e nem da cidade... Não melhorou a saúde, nem a educação e tampouco a segurança.

Realmente, Lula... Muito exitosos...

Depois ele fala da economia e dos méritos do governo dele. Pergunto qual grande medida macroeconômica o governo Lula tomou que mudou o que já existia no governo FHC. E a resposta é: nenhuma. De fato, na crise recente foram tomadas boas decisões, mas o grande mérito do governo Lula foi não estragar o legado (este sim, positivo) deixado pelo governo anterior.

Depois exalta mais um pouco valores intangíveis e supostamente existentes no povo brasileiro.

Este é o discurso "muito eloqüente"? Ele apenas se valeu de argumentos emotivos, colocando-os acima dos argumentos racionais que não se sustentam. Mantenho minha aversão ao Lula.

Ainda assim torço para estar errado e para que seja um sucesso. É sempre assim, quando acompanho a política no Brasil. Me sinto como quando vejo gols históricos que o Corinthians já tomou. Fico revendo o vídeo sabendo que nada vai mudar, mas ainda assim algo me faz ter esperanças de que não aconteça...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Reforma Eleitoral

Nossos ilibados deputados federais deram maior clareza e legitimidade à "doação oculta", no novo texto da reforma eleitoral, que já passou pelo crivo do Lula e ganhou um corpo final.

O presidente não foi de todo inútil, vetando por exemplo aquelas restrições absurdas que imporiam aos blogs, mas sancionou, entre outras, essa parte.

Ao leitor que não está por dentro da notícia, segue um resumo:

Normalmente, quem doa alguma verba para alguma campanha é porque tem algum interesse. Você vê algum problema em ter seu nome divulgado entre os doadores? Pois é... Tem gente que tem. Ou melhor, que não gosta (medo é uma palavra muito forte).

Para essas pessoas, é assegurado o direito à privacidade, doando o dinheiro ao partido e assim, quem fica como doador é o partido, não a pessoa, seja ela física ou jurídica. O estranho é a oficialização deste jeitinho.

O sujeito oculto da frase "Fizeram doações vultuosas." será mais oculto do que nunca.

Fica a dúvida: Por que esconder a sua ideologia? Mais do que isso: Não é importanto o eleitor saber quem apóia os candidatos? E ao consumidor, não interessa saber quais empresas apóiam quais candidatos? A quem interessa, afinal, este sigilo?

O dinheiro oculto pode ter origens diversas, entre lícitas e ilícitas. E se o apoio estiver servindo para lavar dinheiro? E uma empresa que apóia vários candidatos ao mesmo cargo majoritário, não é suspeita?

A OAB com todo o seu nulo peso político emitiu uma nota de repúdio à proposta, mas os relatores da proposta no Senado, Marco Maciel (DEM-PE) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG), recusaram emendas que dariam mais transparência às doações.

DEM, PSDB, PT, PMDB... Às vezes penso que se jogar tudo num mesmo saco e chacoalhar, fica difícil separar a merda... Enquanto isso, aguardo aparecer no Brasil algum representante legítimo do que convencionou-se chamar de "Direita".

Prefácio

Este blog tem por fim falar de qualquer coisa que eu sinta vontade. Normalmente eu gosto de falar de política e sociedade, principalmente, mas pode ser que outros assuntos apareçam mais que estes, sei lá. Não se surpreendam se isto acontecer (eu falo no plural, como se fosse haver algum leitor. hahaha). Ah, também escrevo poesias de qualidade duvidosa.

Agradeço à Thais e à Elissa, que me incentivaram nesta criação e espero corresponder às espectativas, fazendo o possível para que meus textos não sejam demasiado chatos. A princípio, estou pensando num template (sim, isso é um pedido velado feito por uma pessoa bizonhamente incompetente em webdesign. Aceito/imploro ajuda.).

Encerrada a introdução, vamos ao primeiro assunto deste blog reaça:

Não tenho idéia do que escrever. Isso me faz pensar na utilidade desse blog, mas por outro lado, usemos como uma oportunidade. Eu ficarei aqui pensando e enquanto isso, sugestões são bem-vindas.

Abraços.